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sábado, 11 de fevereiro de 2017

QUESTIONÁRIO PARA O TRABALHO DO FILME O SEGREDO DE NEVERWARS

INSTITUTO IKTUS

 Núcleo de Psicanálise Clínica





RENATA ZANGERÓLAME DE OLIVEIRA








ANÁLISE DO FILME O SEGREDO DE NEWEARS









CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2017

RENATA ZANGERÓLAME DE OLIVEIRA









ANÁLISE DO FILME O SEGREDO DE NEWEARS











Trabalho apresentado ao Curso de Psicanálise Clínica IKTUS – Instituto Iktus como requisito parcial à obtenção do título de Psicanalista Clínico.
Professor: Dr. Willian Vicente Borges







QUESTIONÁRIO PARA O TRABALHO DO FILME O SEGREDO DE NEVERWARS
Entrada
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Secretaria Iktus <secretaria.iktus@gmail.com>
08/11/2016
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Perguntas para o trabalho do  Filme Neverwas
1.     Que traumas envolvem o menino Zachary? E como eles os afetam na vida adulta?
Considero como traumas a morte de seu pai, fato que ele nutria em seu íntimo uma certa parcela de culpa e que nunca havia entendido sua razão. A doença de seu pai que para ele também foi marcante, ressaltando ainda a forma como via a vida de seu pai transtornar-se sem poder fazer nada para ajudar. Em sua vida adulta acredito as conseqüências sejam  que Zachary tornou-se psiquiatra tentando buscar explicações para a doença de seu pai, o que se confirma pelo fato de buscar emprego justamente na clínica onde seu pai havia sido internado para tratamento. Não possuía um bom relacionamento com a mãe, visto que ele desejava ardentemente manter apagadas as lembranças de seu passado.

2.       O filme mistura fantasia e realidade que nos levam a importantes reflexões:
A)     O que é afinal a realidade?
Acredito ser o que nos mantém focados em nosso dia a dia, ter consciência de nossa condição e lugar no mundo, manter os pés no chão diante das situações vividas. Mas quem é aquele que não se permite viajar um pouco, mesmo tendo total consciência de sua realidade? Quem nunca desejou alcançar Neverwas?

B)      Onde estava a fronteira entre realidade e fantasia?
Vejo como fronteira a situação em que a história do livro relatava um lugar mágico, cheio de fantasia e seus personagens que criavam vida na mente do paciente Gabriel, porém, parte de tal fantasia deu lugar a realidade quando ao fugir da clínica Gabriel refugiasse na verdadeira Nevewars, surpreendendo até mesmo a Zachary.
C)      Poderíamos simplesmente dizer que Gabriel é um louco?
Diante da sociedade certamente ele passaria por louco. Quem acreditaria em um lugar mágico? Porém de louco todos temos um pouco, simplesmente Gabriel teve coragem de defender suas fantasias que tinham um fundo de verdade, ele encontrou seu lugar encantado.
D)     Olhando para Gabriel não nos caberia também olhar para nosso próprio mundo e o julgarmos que o mesmo também não possa ser afetado pelas nossas fantasias?
A meu ver a fantasia faz parte da vida do ser humano, porém existem aqueles que se deixam dominar por elas e não encontram o caminho de volta. Como não fantasiar diante de tantas situações difíceis que nos encontramos em determinados momentos? Todos em algum momento viajamos para longe de nossa realidade, o importante é saber voltar.

2.     Nós podemos ser afetados pelas fantasias e/ou realidades do outro?
Com certeza. Principalmente se formos pegos em uma situação de fragilidade momentânea.

3.     Que parâmetros ou crenças poderíamos usar que a nossa crença tenha mais valor que a crença do outro? ( A minha crença é mais convincente que a do outro? Porquê?
A minha crença para mim é mais convincente, a partir do momento em que não permito que em mim haja dúvidas sobre ela, ou mesmo que me imputem dúvidas. Se tenho certeza daquilo em que acredito, não duvido, conduzo minha vida diante daquilo que penso.



4.     O que tem mais valor em minha vida: O fantasmático ilusório ou o real frustrante?
Acredito que ambos tem seu valor, é fundamental manter os pés no chão, ter consciência da realidade que se vive e dos desafios que ela oferece, porém não se pode deixar de valorizar aqueles momentos em que damos asas a imaginação e viajamos para lugares mágicos e sem problemas que afligem, porém, como já ressaltei anteriormente é necessário que se saiba voltar dessas viagens.




6.       As formações primarias dos personagens Zachary e Gabriel em algum momento do filme se interpõe as formações secundarias psicoemocionais? Explique:
Em um primeiro momento o que se via era uma relação médico – paciente. Gabriel com suas crenças e Zachary com suas defesas e recusas, ambos com interesses diversos, porém, aos poucos percebe-se uma integração, descobertas são realizadas que conduzem os dois ao encontro de Neverwas, não a do livro com suas fantasias, mas a real de onde se baseou toda a história.

7.       Em algum lugar na vida a realização de um desejo chega na instancia do impossível. Diante dessa absoluta impossibilidade se o que eu quero mesmo não posso, todo o resto tanto faz?
Não. A vida é cheia de percas e ganhos. Se não foi possível realizar determinado desejo, com certeza existem outros que merecem minha atenção e empenho para se realizarem.
 8.       As forças recalcantes que nos impõe barreiras podem nos levar a possibilidades de criarmos fantasias e assim a realizarmos buscando conforme queria Freud o máximo do prazer?
Acredito que algumas pessoas ao sentirem – se frustradas com alguma coisa em suas vidas, procuram suprir essa falta de alguma forma e dessa maneira podem criar um mundo de fantasias que para ela são reais, como uma forma de fugir de suas frustrações e angústias.


9.       O princípio do prazer justifica a fuga da realidade?
Não há meu ver.

10.   Se para Zachary  a realidade não é fantasia por que ele busca a fantasia originada em Gabriel?
Acredito que o contato com Gabriel tenha despertado em Zachary sentimentos adormecidos, para mim ele se recusava  lembrar,  a fantasiar desde a morte de seu pai. A certeza de Gabriel, sua convicção, saber que este teve contato com seu pai e que a partir daí foi escrito o livro, fizeram com que seus sentimentos aflorassem. Zachary procurava respostas e as encontrou no mundo de Gabriel.

11.   E não será toda realidade uma alucinação elaborada? Viver é sonhar: “eu” existia por que sonhava. Não sonho “mais”; O que Thomaz revela com esta afirmação?
Costumo dizer que “aquele que não sonha está morto”, sonhar faz parte da vida. Sempre buscamos alcançar alguma coisa, temos um objetivo e é isto que nos impulsiona a tentar sempre.


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