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sábado, 11 de fevereiro de 2017

ANÁLISE DO FILME MR. JONES

INSTITUTO IKTUS

 Núcleo de Psicanálise Clínica





RENATA ZANGERÓLAME DE OLIVEIRA








ANÁLISE DO FILME MR.JONES









CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2017

RENATA ZANGERÓLAME DE OLIVEIRA









ANÁLISE DO FILME MR. JONES











Trabalho apresentado ao Curso de Psicanálise Clínica IKTUS – Instituto Iktus como requisito parcial à obtenção do título de Psicanalista Clínico.
Professor: Dr. Willian Vicente Borges








MR. JONES


Um homem aparentando uns quarenta anos e a primeira vista alguém considerado extrovertido com atitudes também extrovertidas, uma pessoa que gostava de música e de divertir-se, porém por trás daquela máscara de normalidade e alegria se escondia alguém com sérios problemas de ordem psicológica. Sentia uma grande necessidade de poder voar, alçar grandes vôos talvez para poder sentir-se livre e fora do alcance de seus fantasmas. Ao assustar a todos em uma construção em que acabara de ser empregado andando sem segurança alguma no telhado é levado a um hospital psiquiátrico sendo medicado, passando a ser acompanhado por uma psiquiatra, sendo medicado para que se acalmasse. De acordo com o diagnóstico da médica Jones apresentava sintomas de psicose maníaco depressivo, também demonstrando sentimento de rejeição, pena de si mesmo. Vale ressaltar ainda que de acordo com seu comportamento caso não houvesse tratamento adequado o mesmo poderia evoluir para um comportamento suicida. (Acredito que a situação de Jones se agravou devido a traumas sofridos em sua infância, fatos não totalmente revelados no filme, frustrações sofridas durante sua juventude e um profundo vazio em sua vida adulta agravando seu estado psicológico). Ao ser internado no hospital, Jones encontra apoio em sua psiquiatra que esforças-se para que este continue seu tratamento, uma vez que ele recusava-se a admitir que tinha um problema e dizia ser uma pessoa alegre apenas. Aos poucos a psiquiatra consegue convencê-lo e Jones acaba passando um tempo internado, até entregar-se ao desanimo e se indispõe com sua médica, abandonando então seu tratamento. Porém vale a pena ressaltar que durante seu percurso na clínica acaba acontecendo um envolvimento amoroso entre psiquiatra e paciente, fato que a meu ver no momento não poderia acontecer, pois, comprometeria o tratamento de Jones, como aconteceu de fato. Acabou por ser transferido para outro hospital, onde não aceitou ficar e tornou-se descontrolado em suas atitudes, creio que por sentir-se só, rejeitado e até mesmo traído. Jones então chega novamente a linha do limite, volta a seu local de trabalho onde tentará voar e tenta novamente, porém para sua alegria e porque não dizer no momento salvação, sua psiquiatra é avisada e vai a seu encontro. Os dois então ficam sentados juntos, como se um fosse a âncora do outro, pois a psiquiatra em questão também estava passando por um momento emocional muito conturbado, vinda de uma separação que lhe trouxe muita dor. Talvez por esse fato é que tenha se deixado envolver por  Jones, encontrando nele a resposta para o vazio que sentia, apegando-se a ele que também precisava de alguém para ser seu suporte. Na clínica em seu período de internação, alguém da equipe médica pergunta a Jones o que ele era, sua resposta foi: “uma construção”. Ou seja, alguém em formação, não está pronto, um pouco a cada dia, uma peça por vez, uma obra ainda inacabada. Afinal, quem pode dizer que está pronto?

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