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sábado, 27 de agosto de 2016

INSTITUTO IKTUS

NÚCLEO DE PSICANÁLISE CLÍNICA



RENATA ZANGERÓLAME DE OLIVEIRA


COMENTÁRIO DO FILME
O SEGREDO DE NEVERWAS






CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2016






O SEGREDO DE NEVERWAS
Todos temos nossas fantasias, porém existem aqueles que já não conseguem separar a fantasia da realidade, penetram de maneira tão enfática em seu mundo fantástico que acabam por privar-se da realidade, o que ao invés de trazerem benefícios acabam por fazê-lo isolar-se de tudo e de todos. Percebo que este filme trata de uma situação parecida com esta citada acima, onde a fantasia vivenciada acabou por fazer parte da realidade vivida. Às vezes no mundo que cria para si mesmo o paciente permite que nele esteja intrínseca uma nova realidade, por não conseguir encarar os fatos que o acometem em seu dia a dia. Acredito que a fantasia seja uma forma de mascarar os desencantos da vida e de enfeitar um pouco, buscando cores ao mundo cinza que atormenta a tantos que por vezes não conseguem lidar com seus problemas. Desta forma optam por fantasiar e criar um mundo somente seu, onde nada de ruim o alcança. Sonhar com aquilo que nos agrada e preenche é reconfortante, imaginar-se fora deste mundo, desta selva de pedras realmente é desejo de muitos, mas o importante é saber retornar deste mundo mágico. Quem já não se pegou sonhando de olhos abertos? Ou mesmo se imaginou andando por uma estrada sem fim? As duas maneiras nos remetem a tentativas de senão fugir, ao menos aliviar uma situação de tensão para a qual ainda não foi encontrada uma solução. Não vejo o fantasiar, como um problema, uma vez que todo ser humano lança mão de tal recurso para aliviar suas tensões, considero um problema real, quando a pessoa se entrega totalmente ao mundo imaginário, sentido-se tão confortável nele que sozinho não consegue achar o caminho de volta.


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