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sábado, 28 de maio de 2016

CURSO DE PSICANÁLISE








TRABALHO MÓDULO IV








CURSISTA: Renata Zangerólame de Oliveira


Cachoeiro 26  de maio 2016


Trabalho Resumo das Correntes Psicanalíticas e seus Enfoques

Para Freud a psique (ou aparelho psíquico) do ser humano, poderia ser visto como um sistema de energia, que move cada pessoa, através de uma quantidade limitada de energia psíquica. Isso quer dizer que se por um lado grande parte da energia for necessária para a realização de determinado objetivo, ela não estará disponível para outros objetivos que no momento se façam necessários, por outro lado, se a pessoa não puder dar vazão à sua energia por um canal (ex. sexualidade), terá de fazê-lo por outro (ex. expressão artística). Essa energia também é proveniente das pulsões, também chamadas de extinto algumas vezes. Para este autor, o ser humano possui duas pulsões inatas, a sexual e a de morte. Essas duas pulsões opõem-se ao ideal da sociedade e, por isso, precisam ser controladas através da educação, de forma que a energia gerada pelas pulsões não podem ser liberadas de maneira direta. O ser humano é, assim, sexual e agressivo por natureza e a função da sociedade é amansar essas tendências naturais do homem. A situação de não poder dar vazão a essa energia gera no indivíduo um estado de tensão interna que necessita ser resolvido. Toda ação do homem é motivada, assim, pela busca hedonista de dar vazão à energia psíquica acumulada.
Ana Freud começou sua formação psicanalítica em 1918, tendo por analista seu pai, era uma jovem insatisfeita com a profissão e consigo mesma. Porém, no ano seguinte, assume oficialmente as responsabilidades de secretária e representante do pai, além de secretariar o recém-criado Instituto de Formação Psicanalítica de Viena. Começou, também, a clinicar em psicoterapia, numa época em que as teorias de Freud ainda provocavam uma forte oposição entre médicos e psicólogos mais acadêmicos e conservadores. Em 1927 publicou Introdução à Técnica da Análise da Criança. Começava a se opor a Melanie Klein, líder da escola inglesa, dizendo acreditar que a terapia das crianças devia ser mantida dentro de uma dinâmica “pedagógica”. Seu trabalho mais notável foi O Ego e os Mecanismos de Defesa, publicado em 1936. Foi nessa obra que sua visão da psicanálise infantil começa a caminhar para a adolescência. Esse livro tinha três propósitos. Primeiro, analisar e rever, de forma geral, as descobertas técnicas e teóricas que ensinavam os psicanalistas a dar igual consideração clínica ao id, ao ego e ao superego. Em segundo lugar, rever os mecanismos que seu pai isolara e descrevera, elaborando-os e os resumindo. Por último, incorporar os mecanismos de defesa à experiência que acumulara, até então. De acordo com Ana o foco da psicanálise não deveria ser os conflitos do inconsciente, mas sim focar-se as pesquisas do ego. Esta estudiosa realizou um grande trabalho em relação à vida emocional das crianças, trabalhando também em função daquelas traumatizadas pelos horrores da guerra.             Questionava ainda antigas concepções de que um desenvolvimento saudável dependia de rígidas disciplinas, procurava ainda interpretar seus sonhos, brincadeiras e neuroses infantis através da psicanálise. Ana tornou-se um grande orgulho para seu pai que em minha opinião considerava ver em sua filha a continuidade de sua obra.
O lacanismo defendido por Jacques Lacan  ocupa um lugar único na história da psicanálise da segunda metade do século XX. O lacanismo só existe por se constituir historicamente como um freudismo e, mais ainda, como a essência do “verdadeiro” freudismo. Por isso, só pode fundar-se acrescentando o próprio nome de Freud a sua trajetória e suas instituições. Lacan pensa que o ser humano tem uma representação fantasmática do corpo, na qual este aparece fragmentado. A imago de seu esquema corporal fragmentado continua a se expressar durante a vida adulta nos sonhos, delírios e processos alucinatórios. Concebe seu corpo como quebrado ou sujeito a se partir em pedaços. Sinal de imaturidade? De prematuridade? Resultado das vivências relacionadas à incoordenação motora, própria dos primeiros meses de vida? Imago arcaica compartilhada por todos os homens, em todas as culturas? Mito? Lacan recorre a todas estas explicações, em diferentes momentos, para explicar um fato de inquestionável verificação clínica. Entre outros objetivos Lacan desejava incorporar a psicanálise um caráter científico reencontrar o verbo que havia no início e que acabou caindo no esquecimento. Os estudos e afirmações de Jacques Lacan não tinham a pretensão de abafar ou mesmo superar os ensinos e visões de Freud, mas sim, promover um novo estudo acerca de seus ensinamentos e enriquecê-los, segundo meu ponto de vista.
As pesquisas de Ferenczi objetivam a constituição de uma nova ciência, a bioanálise, que é uma extensão da teoria psicanalítica à área da biologia, ou à psicanálise das origens, segundo a qual a existência intrauterina seria a repetição de formas anteriores de vida, cuja origem é marinha. O nascimento seria a perda do estado originário, ao qual todos os seres vivos aspiram retornar. Partindo de um combate contra o niilismo terapêutico, Freud elaborou uma teoria da neurose e da psicose que superava amplamente os limites da clínica. Sempre consciente de seu próprio gênio e da importância de sua descoberta, sabia dominar seus afetos e mostrar-se implacável para com seus adversários. Acima de tudo, amava a razão, a lógica, as construções doutrinárias. Mais intuitivo mais sensual e mais feminino, Ferenczi procurava na psicanálise os meios de aliviar o sofrimento dos pacientes. Era, pois menos atraído pelas grandes hipóteses genéricas do que pelas questões técnicas. Assim, era mais inventivo que Freud na análise das relações com o outro. Em 1908, descobriu a existência da contratransferência, explicando a seu interlocutor sua tendência em considerar os assuntos do paciente como seus próprios. Dois anos depois, Freud conceitualizou essa noção, fazendo dela um elemento essencial na situação analítica. Entre ambos, portanto, o intercâmbio epistolar teve como função fazer surgir novas problemáticas, que serviam depois para alimentar a doutrina comum. A partir de 1919, com Rank, Ferenczi se empenhou na reforma completa da técnica psicanalítica. Inventou primeiro a técnica ativa, que consiste em intervir diretamente no tratamento, através de gestos de ternura e afeto, e depois a análise mútua, durante a qual o analisando é convidado a “dirigir” o tratamento ao mesmo tempo em que o terapeuta, antes de reatar com a teoria do trauma, denunciando a hipocrisia da corporação analítica em um texto famoso de 1932, intitulado “Confusão de línguas entre os adultos e a criança”. Notavas-se claramente uma preocupação de Ferenczi com seus pacientes, ele realmente preocupava-se com eles desejando sua cura, infelizmente suas idéias começaram a tornar-se divergentes as de Freud de quem era muito amigo, causando assim uma ruptura entre os dois.

Carl Gustav Jung traz a idéia de introversão e extroversão são as mais usadas. Jung descobriu que cada indivíduo pode ser caracterizado como sendo primeiramente orientado para seu interior ou para o exterior, sendo que a energia dos introvertidos se dirige em direção a seu mundo interno, enquanto a energia do extrovertido é mais focalizada no mundo externo. Entretanto, ninguém é totalmente introvertido ou extrovertido. Algumas vezes a introversão é mais apropriada, em outras ocasiões a extroversão é mais adequada mas, as duas atitudes se excluem mutuamente, de forma que não se pode manter ambas ao mesmo tempo. Também enfatizava que nenhuma das duas é melhor que a outra, citando que o mundo precisa dos dois tipos de pessoas. Havendo divergências de opinião entre este e Freud, continuaram seus trabalhos de acordo com suas crenças. Desta vez Jung fazendo uso da psicologia analítica, acredita que o psicólogo deverá deixar o paciente livremente, mas não totalmente, fazendo intervenções quando forem necessárias e conduzindo ou orientando o processo, não de maneira a influenciar, mas de modo a manter o indivíduo em seu discurso, não deve permitir que por ser sentir a vontade, o paciente perca o foco e vá para caminhos que, muitas vezes, podem ser distrações a serviço da resistência e de mecanismos de defesa. A postura do analista deve ser como alguém que se coloca como uma outra personalidade a frente do paciente, mostrando-se como uma outra pessoa passando pelos mesmos processos que o outro, apenas mais analisado e treinado para que possa ajudá-lo, não como alguém em uma atitude privilegiada ou superior. Com isso, Jung defendia que a personalidade do analista está envolvida e também era um dos fatores que determinava aquela relação e aquele processo. Para Jung, tanto psicanalista, quanto paciente, estavam numa mesma jornada, aprendendo, se descobrindo e se influenciando mutuamente, em busca de seus inconscientes.

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