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domingo, 3 de abril de 2016

Curso de Psicanálise Clínica










TRABALHO
MÓDULO II







Formando: Renata Zangerólame de Oliveira


Cachoeiro de Itapemirim 9 de março de 2016


COMPLEXO DE ÉDIPO

O termo “Complexo de Édipo” deriva de uma tragédia grega escrita por Sófocles, na qual o herói, Édipo, sem saber de sua condição de filho, mata o pai e se casa com a mãe. Essa teoria psicanalítica, criada por Freud, considera que entre as idades de 3 e 7 anos o filho desenvolve um desejo incestuoso inconsciente para com a mãe e um sentimento de intensa rivalidade e hostilidade para com o pai, da mesma forma que a filha desenvolve apego para com o pai e rivalidade para com a mãe (Complexo de Electra). O Complexo de Édipo também pode ocorrer de maneira invertida: o filho sente-se apegado ao pai e a filha apegada à mãe. Isto é o resultado da força de atração psicoemocional ou física determinada pela sintonia ou afinidade. Há casos em que a criança pode simultaneamente ter um desejo incestuoso pela mãe e se identificar com o pai, e pode também desejar o pai ao mesmo tempo que se identifica com a mãe. É o que se denomina “Édipo Completo”. É ainda consequência das identidades psíquica, emocional, e até mesmo física. O complexo edipiano masculino é resolvido pelo medo que o menino tem da castração e pela identificação gradual com o pai, enquanto o complexo edipiano feminino (Complexode Electra) é resolvido pela ameaça de perder o amor da mãe e pela identificação com ela. Durante a infância, o ser fica mais suscetível às impressões e aos reflexos de sua memória integral; no entanto, à medida que atinge o período de madureza ou de melhor consciência de sua individualidade, ele inicia-se no processo de controle de certos impulsos ou torna-se indiferente às antigas sensações ou impressões, substituindo-as por outras à medida que absorve novas experiências psíquicas, emocionais, afetivas, sociais, profissionais, intelectuais e morais. Durante o período de absorção dessas novas experiências é que se podem sentir diversas formas de temores ou fobias que bloqueiam a ação desses complexos, sem contudo extinguir a afinidade ou a aversão que se manifestou nos primeiros anos de vida – o que somente ocorrerá, através de esforço, vigilância e disciplina moral, nos casos de antipatias; e o aumento, permanência ou diminuição de intensidade afetiva nos casos de simpatia existentes entre filhos e pais.  Quando tais complexos permanecem após a infância, atingindo a adolescência e a maturidade física, é preciso controlar os impulsos afetivos e sexuais relacionados aos complexos ou sentimentos dessa natureza. Educar e se preciso for, combater tais manifestações de natureza psicossexual é transformar relações afetivas delituosas em oportunidade de serviço em benefício do progresso de almas afins, temporariamente ligadas, no seio da família. Ser sábio é cooperar para a felicidade geral. Também é possível evitar o Complexo de Édipo. Quando os cônjuges vivem em equilíbrio afetivo, através do respeito mútuo e de uma convivência saudável, envolvendo em paz e sabedoria os seus filhos, é possível amenizar e até mesmo evitar as manifesta- ções de ciúme infantil, de sentimentos e pensamentos que propiciem manifestações de acentuada afeição ou repulsão que os leve a complexos ou a comportamentos dessa natureza.
A idéia central do conceito de complexo de Édipo inicia-se na ilusão de que o bebê tem de possuir proteção e amor total, o que é reforçado pelos cuidados intensivos que o recém nascido recebe por sua condição frágil. Esta proteção é relacionada, de maneira mais significativa, à figura materna. Mais ou menos aos três anos, a criança começa a entrar em contato com algumas situações em que sofre interdições. Estas interdições são facilmente exemplificadas pelas proibições que começam a acontecer nesta idade. A criança não pode mais fazer certas coisas porque já está “grandinha”, não pode mais passar a noite inteira na cama dos pais, andar pelado pela casa ou na praia, é incentivada a sentar de forma correta e controlar o esfíncter, além de outras cobranças. Neste momento, a criança começa a perceber que não é o centro do mundo.

Comentário: A criança cria seu mundo e desde que nasce além de ser considerada ela realmente é um ser frágil que necessita de proteção, em sua imaginação e mundo imaginário transforma essa dependência por sua mãe muitas vezes em um sentimento de posse e transfere para seu pai o sentimento de rivalidade como se este quisesse lhe roubar o que lhe é mais valioso, ou seja, sua mãe. Podendo esta situação também acontecer em relação ao pai por quem nutrirá um sentimento de posse, tornando-se a mãe sua rival, a medida que está criança começa a perceber os laços afetivos existentes entre seus pais. Quando finalmente se dá conta de que o mundo não é totalmente seu, a criança passa então a uma das várias fases de passagem em sua vida, talvez a mais importante, porque definirá seu comportamento na idade adulta, principalmente o referente à sua vida sexual.

Discorra sobre o conceito de Associação Livre e como ela se torna a matéria prima da analise.
Geralmente, esse processo começa depois de concluídas as entrevistas preliminares. Nas entrevistas preliminares, o analista pôde chegar a uma avaliação da capacidade do paciente para trabalhar na situação analítica. Parte da avaliação consistiu em determinar se o paciente, em suas funções do ego, dispunha de elasticidade para ocilar entre as funções do ego, dispunha de elasticidade para oscilar entre as funções mais regressivas do ego quando estas são necessárias na associação livre e entre as funções do ego mais maduras, funções estas necessárias à compreensão das intervenções analíticas, respondendo a perguntas diretas e voltando à vida quotidiana no final da sessão. Geralmente, o paciente associa livremente durante quase toda a sessão mas ele pode também relatar sonhos e outros acontecimentos de sua vida quotidiana ou do seu passado.Uma das características da psicanálise é que se pede ao paciente que inclua suas associações quando narra seus sonhos ou outras experiências.A associação livre tem prioridade sobre todos os outros meios de produção de material na situação analítica. Contudo, a associação livre pode ser usada erradamente para ajudar a resistência.É tarefa, então, do analista, analisar tais resistências para restabelecer o uso adequado da associação livre. Pode acontecer, também, que um paciente não consiga interromper a associação livre devido a um colapso das funções do ego. Este é um exemplo de situação de emergência que surge no decorrer de uma análise. O trabalho do analista, então, deveria ser o de tentar restabelecer o raciocínio do processo secundário e lógico do ego.
Associação livre tem prioridade sobre .todos os outros meios de produção de material na a situação analítica.Isto inclui quatro procedimentos diferentes:
A confontração: ao fenômeno em questão tem que ser tornado evidente, tem que ter ficado explícito ao ego consciente do paciente.
Esclarecimento: detalhes importantes separados dos assuntos ligados á questão.
Interpretação: é este procedimento que distingue a psicanálise, de outras psicoterapias porque, em psicanálise, a interpretação é o instrumento decisivo e fundamental.
Elaboração: abrange um conjunto complexo de procedimentos e processos que ocorrem depois que há uma compreensão interna.O trabalho analítico  que possibilita que uma compreensão interna provoque uma mudança é o trabalho de elaboração

. Defina a dinâmica da resistência.

Trata-se do comportamento presenciado pelo paciente durante seu tratamento, uma forma, uma auto-defesa onde tenta não confrontar-se com seus pesadelos e temores, procurando não ser descoberto, talvez por medo de ter seus segredos revelados e mostrar sua fragilidade. Desta forma seu analista passa a ser visto com um opositor e não como alguém que pode ajudá-lo a vencer seus temores.

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