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quarta-feira, 7 de novembro de 2012


UNIVERSIDADE DE UBERABA

Renata Zangerólame de Oliveira















EDUCAÇÃO ESPECIAL:
INCLUSÃO


















                          CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES



2011


APRESENTAÇÃO

Meu nome é Renata, sou formada em Magistério, casada com Elias, um companheiro fiel e dedicado, sempre presente em todos os momentos de minha vida, não importando se são bons ou ruins. Mãe dedicada e amorosa de três filhos, Henrique com dezesseis anos, Rafael de onze anos e Nicolly nossa caçula com dois anos oito meses, meus filhos são tudo de bom em minha vida. Há muitos anos atuo como dt em escolas estaduais e municipais. Gosto muito de meu trabalho, não consigo imaginar-me atuando em outra área, pois amo meu trabalho. Sempre desejei cursar uma faculdade, porém não tive oportunidade para tal, hoje me sinto feliz por estar realizando meu sonho, não sem esforço, pois além de estudar, sou mãe, esposa e trabalho. Desde pequena gostava de brincar de professora, como não tinha o costume de ir brincar em casa de outras pessoas, pois meus pais não deixavam, costumava pegar meus brinquedos que não eram muitos, mas utilizava os que tinha. Os colocava em círculo e fingia estar em sala de aula, os brinquedos eram meus alunos, cresci com essa convicção de que seria professora, cursei o magistério e hoje com a ajuda de Deus estou cursando a faculdade. Confesso que não é nada fácil, as dificuldades são muitas, porém sei que todas elas valerão a pena.
Sempre defendi a idéia de o professor estar buscando aprimorar-se dia a dia, pois a educação vem sofrendo grandes mudanças que precisam ser acompanhadas pelo educador, tenho orgulho em dizer que faço parte dessas mudanças, porque procuro sempre aprender algo novo em prol de meu trabalho e de minha formação.
Sinto-me parte responsável pelo processo de aprendizagem de meu aluno, assim como alguém que forma opiniões, bem como contribui para a formação de cidadãos conscientes, críticos, atuantes e participantes,  contribuindo para uma sociedade futura e igualitária.










































                                                       Dedico este trabalho há meu marido e filhos,
                                                       pessoas de suma importância em minha vida
                                                       presentes todos os dias, momentos e horas de
                                                       forma que nada conseguiria sem seu apoio.



AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus por ter me concedido o privilégio de estar cursando esta faculdade, pois sem Ele nada conseguiria a meu marido e filhos que acreditaram em meu potencial, sacrificando-se tantas vezes para que pudesse estudar, meus amigos, pessoas que sempre me deram força em todos os momentos, a coordenadora e professores da faculdade, sempre dedicados, esforçando-se ao máximo para que seus alunos tivessem o melhor durante sua formação acadêmica.



RESUMO

O assunto abordado neste trabalho é Educação Especial: Inclusão na Atualidade, onde foi além de outros elementos de estudo a Unidade Temática:Necessidades  Educativas  - Inclusão Social.  Esta unidade retrata de maneira clara, a necessidade do educador estar atento a seus alunos, observando suas atitudes e comportamento. O significado de necessidades educativas especiais, bem como o sentido de inclusão, alem de outros conhecimentos que com certeza enriquecerão este trabalho. A educação
O direito a educação para todos os brasileiros foi estabelecido na Constituição de 1824, á época do Brasil Império, percebe-se que desde aquela época a educação já preocupava aos governantes.
As Constituições brasileiras de 1934, 1937 e 1946, da mesma maneira, garantiam a todos o direito à educação.
Em 1948, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas, afirma o princípio da não – discriminação e proclama o direito de toda pessoa a educação.
O documento de 21 de abril de 1959, como os demais assegura a todos os direito à educação. É possível perceber a preocupação da sociedade em permitir que todas as pessoas possam estar dentro das escolas, adquirindo conhecimento e formação.
O atual texto constitucional (1998) igualmente consagra, no Art. 205, a educação como direito de todos e dever do Estado e da Família. Podemos destacar princípios democráticos, cujo sentido é nortear a educação, tais como: a igualdade de condições não só para o acesso mas, também para a permanência na escola; a liberdade de aprender,ensinar e divulgar o pensamento;o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas; a coexistência de instituições públicas e privadas; a existência de ensino público gratuito e a gestão democrática de ensino público.
Foi aprovada a Declaração de Salamanca, cujos princípios norteadores são: o reconhecimento das diferenças, o atendimento às necessidades de cada um, a promoção da aprendizagem, o reconhecimento da importância de “escolas para todos” e a formação de professores.
No Brasil cerca de 10% da população é portadora de algum tipo de deficiência, tornando-se portanto, imprescindível e imperioso que o sistema educacional brasileiro organize-se e se estruture de forma que essas pessoas tenham o acesso e a permanência na escola assegurados.
Segundo as palavras de Vandercook:
                                                           “nas salas integradas, todas as crianças enriquecem
                                                             por  terem a oportunidade de aprender com outras,
                                                             desenvolvem-se para cuidar umas das outra e para
                                                             conquistarem atitudes, as habilidades e os valores
                                                             necessários para nossas comunidades apoiarem a
                                                             de todos os cidadãos.”
Embora com tantos direitos e leis, é sabido que a educação não funciona de maneira igualitária e consciente. Fala-se muito em inclusão, porém sem não for bem assumida e consciente acaba por tornar-se exclusão.
É papel de a escola promover o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, moral e social dos alunos com necessidades educativas especiais, e ao mesmo tempo facilitar-lhes a integração na sociedade como membros ativos. Mas, para que isso aconteça, é importante que o indivíduo portador de necessidades educativas especiais seja visto como sujeito eficiente, capaz, produtivo e, principalmente, apto a aprender a aprender.                                                  

 




SUMÁRIO


INTRODUÇÃO                                                                          .09                                                                                                                                                  

SESENVOLVIMENTO                                                              .12

METODOLÓGIA                                                                        36

CONSIDERAÇÕES FINAIS                                                     .42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS                                      .45

ANEXOS                                                                                       .46




1-INTRODUÇÃO

Abordaremos no decorrer deste trabalho sobre Educação Especial, mais propriamente sobre inclusão, tão falada em nossos dias, porém ainda encontrando barreiras para cumprir-se de forma integral e eficiente. Muitas são em nossos dias, as crianças com necessidades educativas especiais, porém nem todos sabem o que isso significa. Foi utilizada também, além de outras fontes de pesquisa a Unidade Temática: Necessidades Educativas: Inclusão Social, sendo que o mesmo faz parte do tema deste trabalho, realçando as questões abordadas de forma clara, explicando o significado do termo tão usado, porém tão pouco entendido, bem como o papel do professor e instituição diante deste aluno e outras situações, envolvendo a questão da inclusão em nossos dias. O termo é tão amplo que fica difícil saber quem não apresenta necessidades educacionais. A expressão surgiu para atenuar ou neutralizar a acepção negativa da terminologia adotada para distinguir os indivíduos, em suas singularidades, como forma de evitar rotulações aqueles alunos possuidores de certas limitações, e que muitas vezes não eram vistos com bons olhos pelos demais, por apresentarem limitações físicas, motoras, sensoriais, cognitivas, lingüísticas ou ainda, síndromes, condutas desviantes etc.
É preciso deixar claro que diante da inclusão, a escola, o professor como um todo devem considerar: ”A identidade própria de cada educando, o reconhecimento e a valorização de suas diferenças e potencialidades, como base para a construção e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, habilidades e competências.”
A partir da década de 90 as discussões referentes a educação das pessoas com necessidades especiais começaram a adquirir alguma consistência, a educação de portadores de necessidades especiais deve-se dar na rede regular de ensino de preferência. Essa ação torna possível a essas pessoas, integrar-se na sociedade. A Conferência de Salamanca em 1994 promoveu a Educação para todos, visando situações necessárias para a educação integradora, tão necessária para que os portadores de NEE (necessidades educativas especiais) se sintam participantes de uma sociedade, sem se verem alvos de taxações por rótulos ou estigmas como eram no passado, onde eram discriminados como loucos ou possessos.
É perfeitamente possível, essa interação levando-se em conta também o aprimoramento de profissionais e das instituições de ensino que irão recebê-los. Quando existem programas adequados, a inclusão funciona acarretando ganhos nas habilidades acadêmicas e sociais, como também preparação para a vida na comunidade.
Quanto mais tempo o aluno com NEE passa em ambientes inclusivos, melhor é o seu desempenho nos âmbitos educacionais, sociais e ocupacionais. Eles se sentem desafiados diante de outras pessoas em seu ambiente e não querendo ficar para trás, ou sentir-se inferiorizado, querem fazer tudo o que os outros fazem, colaborando dessa forma para o seu desenvolvimento. Os alunos co deficiência devem ser conscientizados de que todos têm direitos iguais, as diferenças devem ser aceitas e respeitadas. O ensino inclusivo é um direito básico, não é algo que deva ser conquistado por alguém.
Faz-se necessário então um olhar abrangente em torno dessas pessoas que só tem a enriquecer nossa sociedade e nossas vidas, olhando-os como um todo e não com limitações.


2-OBJETIVOS

Identificar o significado de inclusão.
Compreender a importância de incluir o aluno com NEE no ensino regular.
Identificar necessidades educativas especiais.
Refletir sobre o ato pedagógico no processo de inclusão.


3- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

CAPITÚLO I

1.1 Educação: Direito de todos os brasileiros

Constitucionalmente, sabemos que as crianças e adolescentes portadores de necessidades educativas especiais têm seus direitos garantidos, uma vez que vários textos legais afirmam o princípio da não – discriminação. Existem ainda vários outros dispositivos legais que afirmam os direitos dessas pessoas.
O princípio 5º da Declaração dos Direitos da Criança garante a pessoa portadora de deficiiência o recebimento de educação, tratamento e cuidados espaciais. No mesmo sentido, a Constituição Brasileira de 1988 garante aos portadores de deficiência “atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino”.
Já a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96) apresenta características básicas de flexibilidade, alem de algumas inovações que em muito favorecem o aluno portador de necessidades educativas especiais. Pela primeira vez surge em uma LDB um capitulo (CAP. V) destinado à Educação Especial, cujos detalhamentos são fundamentais garantia de matrículas para portadores de necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino (Art. 58); oferta de Educação Especial, durante a educação infantil (Art. 58) especialização de professores (Art. 59). Muito importante, também é o compromisso do poder público de ampliar o atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública de ensino (Art. 60, parágrafo único).
Assim, uma vez que todos estes textos legais permitem uma base para a construção de uma sociedade mais justa, solidária, sem discriminação, torna-se evidente a necessidade da sua aplicação, com urgência. Tal urgência deve-se ao fato de que ainda hoje, no Brasil, apenas cerca de 3% da população de crianças e adolescentes com portadores de necessidades educativas especiais têm acesso e permanece na escola.
Acreditamos que esta triste realidade seja conseqüência de características de exclusão em nossa sociedade, esquecendo-se de que a criança ou mesmo o adolescente é um ser aberto às mudanças, sejam eles com necessidades especiais ou não, podendo modificar-se pela educação e, ao mudar sua estrutura de informação, formação e transformação, poderá adquirir novas possibilidades, capacidades e habilidades. Dando ênfase as palavras de Lourenço: “É preciso entender o aluno na hora de aprender, em circunstancias a isso favoráveis ou desfavoráveis, segundo as condições individuais de desenvolvimento.”
A formação econômico-social brasileira exige e cultua a produtividade, a eficiência, e a competição. Dessa forma como é visto então o individuo que traz consigo o estigma da deficiência, ou seja, da não eficiência? Fica evidente que o problema recai sobre a visão que a sociedade ainda tem dos portadores de deficiência: a valorização da sua não-eficiência.
Tal situação se vinculada a lógica do lucro é suficiente para justificar a exclusão de investimentos na educação do portador de necessidades educativas especiais, pois seu retorno não se manifesta de maneira em mais – valia, ou seja , não rende lucros. As atitudes de discriminação do sistema de ensino, bem como daqueles em sua maioria que dele participam, prejudicam o ingresso desses alunos especiais no sistema escolar. Portanto é necessário que nossa poli´tica educacional esteja voltada para a heterogeneidade. Entretanto, é imprescindível ressaltar que, embora os dispositivos legais sejam fundamentais, não se deve excluir outras fontes de mudança.
As pressões da sociedade por uma educação efetivamente democrática são essenciais na implantação de políticas e práticas de ensino que se traduzam na inclusão, na participação e na construção da cidadania, o aluno com deficiência deve ser reconhecido e respeitado como alguém capaz de produzir, participar da sociedade de maneira ativa contribuindo em prol do  crescimento da mesma, sendo olhado desta maneira, com certeza todo o processo de inclusão irá fluir melhor.
É preciso que se continue na luta por uma educação de qualidade para todos, por uma escola pública que satisfaça as necessidades educacionais de todas as crianças.
A nova proposta de Educação Inclusiva recomenda que todos os indivíduos portadores de deficiência sejam matriculados em turma regular, o que se baseia no princípio de educação para todos.
Diante desse novo paradigma educativo, a escola deve ser definida como uma instituição social que tem por obrigação atender a todas as crianças sem exceção. A escola deve ser aberta, pluralista, democrática e de qualidade. Portanto, deve manter as suas portas abertas às pessoas com necessidades educativas especiais.
A escola que desejamos para nossa sociedade deve conter, em seu projeto pedagógico, a idéia da unidade na diversidade. Não é possível a coexistência de democracia e segregação.
A escola deve promover o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social dos alunos com necessidades educativas especiais, e ao mesmo tempo facilitar-lhes a integração na sociedade como membros ativos. Mas, para que isto aconteça, é importante que o individuo portador dessas necessidades seja visto como sujeito eficiente, capaz, produtivo e, principalmente, apto a aprender a aprender.
É preciso ter cuidado com nossas crianças, para que em uma instituição de ensino, diante de algum profissional despreparado, ou mesmo qualquer outra pessoa não as classifique como mongolóide, retardado mental, mudinho etc. É importante que fiquemos cuidadosamente atento e sensíveis para o que esta criança esteja comunicando sobre si mesma, através de palavras, de gestos, de comportamentos ou de outras maneiras. Ou seja, temos que ter a capacidade de detectar as dificuldades que afligem esta criança.
Embora os rótulos sejam necessários para alguns fins, há uma tendência a utiliza-los tão pouco quanto possível, em vista aos estigmas associados a muitos deles.
Deve-se estar atento, pois a colocação de rótulos leva muitos professores a superprotegerem seus alunos. É claro que o cuidado deve fazer parte de qualquer processo de ensino, deve-se ter consciência dos perigos de subestimar sua capacidade. Antes de qualquer coisa, devem0os ter em mente que a criança em questão é uma pessoa e que esta pessoa tem um nome, uma identidade, e que o termo decorrente da classificação de uma deficiência não resume o que ela é ou é capaz de (ou não) de fazer.
Alguns âmbitos sociedade em geral precisa modificar sua visão em relação a criança especial. A inclusão além de ser garantida por lei é primordial para o desenvolvimento de nossas crianças. É  imprescindível não olhar-mos suas dificuldades, mas sim suas possibilidades e o quanto poderemos aprender com elas, acarretando uma traça de experiências e enriquecimento mútuo.
[O universalismo q]eu queremos hoje é aquele que tenha como ponto em comum a dignidade humana.
A partir daí, surgem muitas diferenças que devem ser respeitadas. Temos o direito de ser iguais quando a diferença nos inferioriza e o direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza.


1.2 IDÉIAS SOBRE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

O Projeto Estadual de Mudanças de Sistema para a Educação Inclusiva, da Louisiana, EUA, realizou em fevereiro de 1995 uma série de consultas a fontes primárias e compilou algumas idéias sobre o processo da inclusão no sistema educacional geral naquele país.
Educação inclusiva significa provisão de oportunidades equitivas a todos os estudantes, incluindo aqueles com deficiência severa, para que eles recebam serviços educacionais eficazes, com os necessários serviços suplementares de auxílio e apoios em classes adequadas à idade em escolas da vizinhança, a fim de prepara-los para uma vida produtiva como membros da sociedade.
Precisamos da educação inclusiva porque pouca existem no atual projeto da educação especial que faça alguma diferença para estudantes considerados portadores de deficiência. Isto mostra  verdadeiro tato para o presente –enquanto eles estão na escola – como para o futuro- após o término de seus estudos.
Diante da inclusão John  w Davis, principal defensor da inclusão argumentou que:”Se  a segregação para crianças negras era inconstitucional, certamente se concluirá que a segregação de crianças definidas como portadoras de deficiência é inaceitável também.”
O princípio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade dentro da comunidade humana.
A educação inclusiva representa um passo muito concreto e manejável que pode ser dado em nossos sistemas escolares para assegurar que todos os e comecem a aprender que o pertencer é direito, não um status privilegiado que deve ser conquistado. Vejamos alguns pontos fundamentais da inclusão:
* Aceitação de todas as crianças e de todos os adultos jovens como pessoas em primeiro lugar.
* Compromisso de oferecer o máximo de apoio que um estudante necessita para ter êxito em tantos âmbitos educacionais comuns e ambientes comunitários quanto possíveis.
* Professores, terapeutas, paraprofissionais e diretores vendo a si próprios em uma perspectiva, como uma equipe que inclui os pais como membros iguais e que enfatiza a criatividade e uma atitude de solução de problema.
* Enfoque nos sonhos e metas dos pais para o futuro de seus filhos.
* Uma compreensão do fato de que não é metas educacionais para aprenderem juntos em classes comuns.
* Uso de “um bom ensino” para todos os estudantes.
A educação inclusiva tais benefícios para todos, vejamos alguns exemplos:
1- Os estudantes com deficiência:
* Desenvolvem a apreciação pela diversidade individual.
* Adquirem experiência direta com a variação natural das capacidades humanas.
* Demonstram crescente responsabilidade e melhorada aprendizagem através do ensino entre alunos.
* Estão melhor preparados para a vida adulta em uma sociedade diversificada através da educação em salas de aula diversificadas.
* Frequentemente experienciam apoio acadêmico adicional da parte do pessoal de educação especial.
*Podem participar como aprendizes sob condições instrucionais diversificadas (aprendizado cooperativo, uso de tecnologia baseada em centros de aprendizagem).
2- Os estudantes sem deficiência:
* Tem acesso a uma gama mais ampla de modelos de papel social, atividades de aprendizagem e redes sociais.
* Desenvolve, em escala crescente, o conforto, a confiança e a compreensão da diversidade individual deles e de outras pessoas.
* Demonstram crescente responsabilidade e crescente aprendizagem através do ensino entre outros.
* Estão melhor preparados para a vida adulta em uma sociedade diversificada através da educação em salas de aula diversificadas.
* Beneficiam-se da aprendizagem sob condições instrucionais diversificadas.
3- As “melhores práticas” emergentes em educação:
* Aprendizado cooperativo.
* Instrução baseada em projeto/atividade.
* Ensino entre alunos de todas as idades.
* Educação que seja multicultural.
* Educação que reconheça e ensine para inteligências  múltiplas e diferentes estilos de aprendizagem.
* Construção do ensino de comunidades nas salas de aula e escolas.
Deve-se ter em consciência também que inclusão não é:
Descarregar sem preparação ou suportes estudantes portadores de deficiência em salas de aula comuns e ambientes comunitários.
Ignorara as necessidades individuais do estudante mediante decisões (sobre designação de sala de instrução).
Expor estudantes a perigos ou riscos desnecessários.
Colocar demandas desmedidas sobre professores e diretores violando a idéia da proporção natural (10% do corpo discente tem planos individualizados de educação dos quais 01% possui deficiência severa) e sobrecarregando escolas com mais estudantes do que elas podem normalmente suportar.
Ignorar as preocupações dos pais mediante designação da sala e decisões instrucionais sem a participação deles.
Limitar oportunidades integradas para estudantes deficientes as atividades “especiais” (em arte, música, reuniões), quaisquer que sejam suas necessidades individuais.
A inclusão não deve ser pensada e realizada de qualquer maneira, para tal Jhon Dewey deixa bem claro que: “Agir com uma meta é o mesmo que agir inteligentemente.”
 

1.3 ADAPTAÇÕES DE SALAS COMUNS PARA A INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA

Todos os estudantes, quaisquer que sejam suas capacidades, irão beneficiar-se da aulas de educação que sejam menos dependentes de livros e mais experiências, mais cooperativas, mais holística e multi-sensorial!!!
Todas as adaptações de sala de aula devem ser feitas com o menor estardalhaço possível e com o máximo de boa vontade e hospitalidade. Em nenhuma hipótese, deverá a deficiência ser apontada de uma forma constrangedora ou enfatizada.
Algumas das possíveis adaptações salas comuns são:
Para estudantes com impedimentos auditivos, o professor deverá:
Sentar-se na frente da sala.
Usar recursos visuais.
Falar claramente.
Se o estudante usa a língua de sinais, aprender os sinais e estimular outros estudantes a aprendê-los também.
Para estudantes com distúrbios de comportamento, o professor deverá:
Aplicar técnicas de modificação de comportamento.
Designar responsabilidades especiais.
Identificar os pontos fortes deles.
Ignorar comportamentos inadequados, quanto possível.
Focalizar os pontos bons e elogia-los.
Formar grupos de aprendizado cooperativo com instruções e metas bem claras.
Em relação a alunos com dificuldade de aprendizagem o professor deverá:
Permitir o uso de algum utensílio para escrever ou um colega para tomar notas.
Usar gravador de áudio.
Dar exames orais.
Oferecer adaptações que o estudante usa na escola: caneta lumicor para acompanhar leitura em livros, tarefas simplificadas, recursos visuais etc.
Em se tratando do aluno com impedimentos visuais, o professor deverá:
Sentar - se na frente da sala.
Repetir conceitos para o estudante gravar e ouvir em casa.
Escrever na lousa em letras grandes.
Se o estudante l~e braile, usar livros em braile e estimular os outros alunos a aprender o braile.
Alunos com limitações motoras, o professor deverá agir da seguinte maneira:
Fazer os colegas se revezarem para ajudar, caso não tenha um profissional disponível.
Usar materiais pré-cortados.
Utilizar materiais fáceis de manusear.
Fazer com que o aluno, sente-se próximo a saída sem ficar isolado dos colegas.
Oferecer papéis adaptados nas dramatizações.
Providenciar salas e outros espaços que sejam acessíveis.

Para estudantes com deficiência mental, o procedimento deverá ser:
      *Usar o sistema de companheiro.
      * Formar grupos de aprendizado cooperativo.
      * Contar histórias para ensinar conceitos abstratos.
     *  Preparar versões simplificadas do material..
A inclusão da educação especial, requer todo um preparo e dedicação, se todos se conscientizarem da importância dessa ação, não como ato de bondade ou caridade, mas tudo fluirá em favor do educando, que se sentirá valorizado, respeitado e vivenciará o exercício da cidadania , em sua vida e dos demais.


CAPITÚLO II

2.1 FUNDAMNETOS DO ENSINO INCLUSIVO

A exclusão nas escolas, lança sementes do descontentamento e de discriminação social. A educação é uma questão de direitos humanos, e os indivíduos com deficiência devem fazer parte das escolas, as quais devem modificar seu funcionamento para incluir todos os alunos. Esta é a mensagem foi claramente tranmitida pela conferência mundial de 1994 da UNESCO sobre necessidades educativas especiais. Em um sentido mais amplo, o ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos independente de seu talento,  deficiência, origem socioeconômica ou origem cultural em escolas e salas de aula provedores, onde todas as necessidades dos alunos são satisfeitas.
Com a inclusão os professores tem a oportunidade de melhorara suas habilidades profissionais e a sociedade toma a decisão consciente de funcionar de acordo com o valor social da igualdade para todas as pessoas, com os conseqüentes resultados de melhoria da paz social. Para conseguir realizar o ensino inclusivo, os professores em geral especializados, bem como os recursos, devem aliar-se em um esforço unificado e consciente.
Características da educação inclusiva:
Meta de participação plena para todos os estudantes.
Um forte senso de comunidade na sala de aula, por toda a escola e envolvendo pais e atendimentos pessoais.
O estudo e a celebração da diversidade.
Parceria ativa com os pais.
Suporte suficientes para o aluno e equipe escolar.
Há três componentes  práticos interdependentes do ensino inclusivo. O primeiro deles é a rede de apoio, os componentes da equipe e de indivíduos que apóiam uns aos outros, através de conexões formais e informais ( Stainback & Stainback, 1990ª, Villa & Thousand, 1990), Stone e Collicott (1994), descreveram um sistema bem sucedido de uma rede de três  camadas: grupos de serviços baseados na escola, grupos de serviços baseados no distrito e parcerias com as agências comunitárias. Todos esses grupos funcionam em uma base de apoio mutuo para capacitar o pessoal e os alunos. O segundo componente é a consulta cooperativa e o trabalho em equipe, o componente do procedimento, que envolve indivíduos de várias especialidades trabalhando juntos para planejar e implementar programas para diferentes alunos em ambientes integrados. O terceiro é aprendizagem  cooperativa, o componente de ensino que esta relacionado á criação de uma atmosfera de aprendizagem em sala de aula, em que alunos com vários interesses e habilidades podem atingir seu potencial.
Os benefícios dos arranjos inclusivos são múltiplos para todos os envolvidos com as escolas, todos os alunos, professores e a sociedade em geral. A facilitação programática e sustentadora da inclusão na organização e nos processos das escolas e das salas de aulas é um fator decisivo no sucesso.
“As atitudes positivas com relação aos alunos com deficiência desenvolvem-se quando são proporcionadas orientações e direção por parte dos adultos em ambientes interados”
(Forest, 1987ª, 1987b; Johnson & Johnson, 1984).
A interação e a comunicação facilitadas ajudam o desenvolvimento de amizades e o trabalho com os colegas. Os alunos aprendem a ser sensíveis, a compreender, a respeitar e a crescer confortavelmente com as diferenças e as semelhanças individuais entre pares.
Além das atitudes positivas, pesquisas desde o inicío da década de 1970 tem mostrado repetidamente os enormes benefícios que as crianças obtém de socialização com seus colegas. As crianças aprendem muito mais habilidades acadêmicas e também habilidades da vida diária, de comunicação, e sociais, através de interações com seus pares. Todos os alunos, incluindo aqueles com deficiência, precisam de interações professor-aluno e aluno-aluno- que moldem habilidades acadêmicas e sociais.
Segundo Piaget: “A aprendizagem e o desenvolvimento são concebidos a partir de processos, resultantes da continua formação de esquema, somados à organização, a abstração empírica e reflexiva, aplicados ao processo de aquisição da aprendizagem.”.
As crianças com autismo, em grupos de deficientes, o que importa para esses alunos, é a oportunidade de adquirir habilidades sociais através da sua inclusão.
As pessoas com deficiência ficam preparadas para a vida na comunidade quando são incluídas nas escolas e nas salas de aula.
Quanto mais tempo os alunos com deficiência passam em ambientes inclusivos, melhor é o seu desempenho nos âmbitos educacionais, sociais e ocupacionais, alguns pais intuitivamente sabem que o ensino inclusivo aumenta as oportunidades de seu filho para o ajustamento na vida.
Em geral quando ele estiver terminado seu período escolar, será capaz de participar de alguns tipos de situações integradas. Terá habilidades sociais que não teria tido e capacidade para atuar em situações mais complexas do seria capaz se tivesse permanecido segregada.
Os profissionais que tem a oportunidade de manter um contato próximo com as crianças compreendem a importância das escolas na preparação dos alunos com ciências para a vida na comunidade.


2.2 BENEFÍCIOS DA INCLUSÃO

Para os professores
O que está no ensino inclusão não é se os alunos devem ou não receber, de pessoal especializado e de pedagogos qualificados, experiências educacionais apropriadas e ferramentas e técnicas especializadas das quais necessitam. A questão está em oferecer a esses alunos de serviços de que necessitam, mas em ambientes integrados, em proporcionar aos professores atualização de suas habilidades. As feições da escola, em tempos de grandes transformações sociais, estão mudando, e os professores precisam adquirir novas habilidades para trabalhar com alunos acadêmica e socialmente deficientes. Nessa transformação da profissão do ensino os professores têm a oportunidade de desenvolver suas habilidades profissionais m uma atmosfera de coleguismo, de colaboração, e de apoio dos colegas. Os benefícios são muitos.
O primeiro benefício para os professores é a oportunidade de planejar e conduzir a educação como parte de uma equipe. Muitos professores sentem-se alienados nas escolas porque a ética de ensino proporciona poucas ou nenhuma oportunidade para uma interação cooperativa destes profissionais. A colaboração permite-lhes a consulta um ao outro e proporciona-lhes apoio psicológico.
A colaboração e a consulta aos colegas ajuda os professores a melhorar suas habilidades profissionais. No resumo de uma pesquisa que considerou as características e os resultados mais importantes da consulta e do processo da formação de equipes, foi concluído que os professores expostos aos serviços de consulta acreditam que suas habilidades profissionais melhoraram. Além disso, os autores concluíram que o número de crianças encaminhadas aos serviços de educação especial diminuído consideravelmente após 45 anos dos serviços de consulta e que as crianças com implicações são claras quanto há cooperação e apoio na escola, os professores melhoram suas habilidades com efeitos visíveis sobre a aprendizagem dos alunos.
Os professores tomam conhecimento dos progressos na educaão, conseguem antecipar as mudanças e participam do planejamento da vida diária. Nas palavras de sindeler, Griffin, Smith, Watanabe (1992), os professores são capacitados na medida em que elevam sua posição, mantem-se informados das mudanças que ocorrem em suas áreas e garantem sua participação na tomada de decisões. A pesquisa indica que a maioria dos professores está disposta ajuntar-se aos professores especiais ligados para tornar as turmas de ensino regular mais flexíveis e possíveis de serem acompanhados por alunos com deficiência, se eles estiverem envolvidos no processo e tiverem escolhas com relação ao planejamento e aos tipos de apoio e assitência que irão receber.
As experiências transformadoras de muitos professres que participam de ações inclusivas são incríveis, mesmo que no inicío encontrem situações negativas.
Quando a escola inclue todos os alunos, a igualdade é respeitada e promovida como um valor na sociedade, com os resultados visíveis da paz social e da cooperação.
PARA A SOCIEDADE
Sem dúvida a razão mais importante para o ensino inclusivo é o valor social da igualdade. Os alunos são ensinados através do exemplo de que, apesar das diferenças, todos nós temos direitos iguais. Em contraste com as experiências passadas de segregação, a inclusão reforça a prática da idéia de que as diferenças são aceitas e respeitadas. Devido ao fato de as nossas sociedades estarem em uma fase crítica de evolução, do âmbito industrial para o informacional e do âmbito nacional para o internacional, é importante evitarmos os erros do passado. Precisamos de escolas que promovam aceitação social ampla.
Tudo quanto é separado não é igual. É simplesmente discriminatório que alunos com deficiência devam conquistar o direito ou estar preparados para serem incluídos na educação regular. Não é absurdo esperar que os pesquisadores educacionais provem que eles podem ser beneficiados da educação em turmas regulares, enquanto outros alunos tem acesso irrestrito ao ensino simplesmente porque não tem esse rótulo. Nenhum aluno deveria precisar ser aprovado em um teste ou esperar resultados de pesquisa favoráveis para viver e aprender como membros regulares da vida escolar e comunitária. O ensino inclusivo faz sentido e é um direito básico, não é algo que alguém tenha de conquistar.
A sociedade sofreu mudanças fundamentais, estão sendo transformadas de industrias em sociedades informacinais, e de nacionais em internacionais. As expressões vis eletrônica, via de informação e escritório doméstico não são apenas expressões pomposas, mas indicações de um novo mundo de trabalho emergente. Um número cada vez  maior de pessoas está se sustentando, processando ou eletronicamente, e não mais trabalhando nas fábricas, como acontecia na sociedade industrial.
O valor social da igualdade é consistente como o motivo de ajudar os outros e com a prática do ensino inclusivo. Temos de garantir que os alunos com deficiência sejam apoiados para tornarem-se participantes e colaboradores na planificação e no bem estar deste novo tipo de sociedade. Temos de evitar os erros do passado, quando alunos com deficiência eram deixados a margem.
A luz desse conhecimento, não podemos continuar a ignorar os efeitos de segregação. Em nossa sociedade cada vez mais diversificada, ensino inclusivo, ensina os alunos a aceitar as pessoas que são diferentes. Colocar com deficiência em escolas ou classes especiais impede esta socialização benéfica e transmite uma mensagem de intolerância.
Assim como afirma Friedrick Froebel:” A escola é o principal agente de uma sociedade futura”
Se realmente desejamos uma turma justa e igualitária, em que todas as pessoas tenham valor igual e direitos iguais, precisamos reavaliar a maneira como operamos em nossas escolas, para proporcionar aos alunos com deficiência as oportunidades e as habilidades para todas as pessoas de maneira igualitária e justa.



CAPITÚLO III

3.1 PRINCÍPIOS QUE FUNDAMENTAM O DIREITO A EDUCAÇÃO DAS PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

A Educação Especial em si é muito complexo, alguns princípios devem alavancar a educação das pessoas com necessidades educativas especiais:
Princípios:
A preservação da dignidade humana.
A busca da identidade.
O exercício da cidadania.

Se historicamente são conhecidas as práticas que levam, inclusive, à extinção e à exclusão social de seres humanos considerados não produtivos, é urgente que tais práticas sejam definitivamente banidas da sociedade humana. E bani-las não significa apenas não prática-las. Exige a adoção de práticas fundamentais nos princípios da  dignidade e dos direitos humanos. Nada terá sido feito se, no exercício da educação e da formação da personalidade humana, o esforço permanecer vinculado a uma atitude de comiseração, como se os alunos com necessidades educativas especiais fossem dignos de piedade.
A dignidade humana não permite que se faça esse tipo de discriminação. Ao contrário, exige que os direitos de igualdade, de oportunidades sejam respeitados. O respeito a dignidade  da qual esta revestido todo ser humano impõe-se portanto, como base e valor fundamental de todo estudo e ações práticas direcionados ao atendimento dos alunos que apresentam necessidades especiais, independentemente da forma em qual necessidades se manifesta.
A vida humana ganha uma riqueza se é construída e experimenta tomando como referência o princípio da dignidade. Segundo esse princípio, toda e qualquer pessoa é digna e merecedora do respeito de seus semelhantes e tem direito a boas condições de vida e à realizar seus projetos.
Juntamente com o valor fundamental da dignidade, impõe-se o da busca da identidade. Trata-se de um caminho nunca suficientemente acabado. Todo cuidado deve primeiro, tentar encontrar uma identidade inconfundivelmente sua. Para simbolizar a sociedade humana, podemos utilizar a forma de um prisma, em sua identidade especifica, cada cada fase representa uma parte da realidade. Assim, é possível que, para encontrar sua identidade especifica cada cidadão precise encontrar-se como pessoa, familiarizar-se consigo mesmo, até q ue finalmente, tenha uma identidade, um rosto, humanamente respeitado. De acordo com Morris:”Não percebemos fatos isolados, mas em conjunto com inúmeros fatores simultâneos.”
Em nossa sociedade, ainda há momentos de séria rejeição ao outro, ao diferente, impedindo-o de sentir-se, de perceber-se e de e de respeitar-se como pessoa. A educação, ao adotar a diretriz inclusiva no exercício de seu papel socializador e pedagógico, busca estabelecer relações pessoais e sociais de solidariedade, sem máscaras, refletindo um dos tópicos mais importantes para a humanidade, uma das maiores conquistas de dimensionamento do ser e da abertura para o mundo e para o outro. Essa abertura, solidária e sem preconceitos, poderá fazer com que todos percebam-se como dignos e iguais na vida social.
A democracia, nos termos em que é definida pelo Artigo I da Constituição Federal, estabelece as bases para viabilizar a igualdade de oportunidades, e também um modo de sociabilidade que permite a expressão das diferenças, a expressão de conflitos, em uma palavra, a pluralidade. Portanto, no desdobramento do que se chama de conjunto central de valores, devem valer a liberdade, a tolerância, a sabedoria de conviver com o diferente, tanto do ponto de vista de valores quanto de costumes, crenças religiosas, expressões artísticas, capacidades e limitações.
A consciência do direito de constituir uma identidade própria e do e conhecimento da identidade do outro traduz-se ao direito à igualdade e no respeito às diferenças, assegurando oportunidades diferenciadas, tantas quantas forem necessárias, com vistas à busca da igualdade. O princípio da equidade reconhece a diferença e a necessidade de haver condições diferenciadas para o processo educacional.
A inclusão escolar constitui uma proposta que representa valores simbólicos importantes, condizentes com a igualdade de direitos e de oportunidades educacionais para todos, mas encontra ainda séries resistências. Estas se manifestam, principalmente,  contra a idéia de que todos devem ter acesso garantido à escola comum. A dignidade, os direitos individuais e coletivos garantidos pela Constituição Federal impõem às autoridades e à sociedade brasileira a obrigatoriedade de efetivar essa política, como um direito público subjetivo, para o qual os recursos humanos e materiais devem ser canalizados, atingindo, necessariamente, toda a educação básica.
O propósito exige ações práticas e viáveis, que tenham como fundamento uma política específica, em âmbito nacional, orientada para a inclusão dos serviços de educação especial na educação regular. Operacionar a inclusão escolar de modo que todos os alunos, independentemente de classe, raça, gênero, sexo, características individuais ou necessidades educacionais especiais, possam aprender juntos em uma escola de qualidade, é o grande desafio a ser enfrentado, numa clara demonstração de respeito à diferença e compromisso com a promoção dos direitos humanos.

CAPITÚLO IV

4.1 VISÃO GERAL DA HISTÓRIA DA INCLUSÃO

Exclusão tem sido uma força conformadora na sociedade e na educação norte-americanas. As escolas públicas, em particular, têm experimentado estágios de incorporação de um grande número de crianças com deficiência nas salas. Nos Estados Unidos, até aproximadamente 1.800, a grande maioria dos alunos considerados aprendizes com deficiência não era considerada digna da educação formal, embora eles fossem percebidos como irmãos e irmãs da comunidade..Depois da independência, o apoio para separar todos os dependentes e desviantes dos padrões afetou durante muitos anos as pessoas com deficiência. Durante o século XIX e grnade parte do século XX, houve um período prolongado de educação especial para pessoas com deficiências.
Muitos aprendizes, anteriormente segregados, beneficiaram-se do movimento social rumo à educação inclusuva. Esse movimento tem sido as vezes lento e hesitante, mais o resultado tem sido o progresso. A medida que nos aproximamos do século XXI, o objetivo da educação inclusiva e universal esta ao nosso alcance.
Para a maioria dos alunos pobres dos Estados Unidos, fosse de um grupo minoritário ou pessoas com deficiência, a  primeira dificuldade era simplesmente ter acesso à educação. Em 1779, Thomas Jéferson propôs um plano para o primeiro sistema educacional sustentado pelo estado para ajudar proporcionar a educação aos pobres de Virginia. Na época, o plano foi rejeitado à “recusa dos cidadãos abastados de pagar impostos para a educação dos pobres.”. A situação era similar na maioria dos outros estados.
No fim da guerra americana de independência, em 1783, grupos e cidadãos ricos estabelecem várias sociedades filantrópicas cuja principal preocupação era garantir que grupos marginais não ameaçassem a república e os valores norte-americanos vigentes na época. Estas organizações filantrópicas desempenharam um papel importante no estabelecimento de escolas públicas e de instituições de reabilitação segregadas, incluindo instituições de treinamento e escolas para pessoas com deficiência.  A maioria dos indivíduos colocados em instituições de reabilitação era considerada como integrante de vários grupos justapostos: indigentes, pessoas com  comportamento fora dos padrões, pessoas com deficiência visível, minorias e muitos imigrantes recém-chegados.
Na virada do século XX, o movimento da eugenia ajudou a aumentar desumanizarão das pessoas com deficiência. Entre 1900 e 1930, disseminou-se generalizadamente a idéia de que as pessoas com deficiência tinham tendências criminosas e eram a mais séria ameaça à civilização, devido à sua composição genética. Esta percepção foi acrescentada à disposição de muitos educadores e do público em geral para permitir a segregação e outras práticas, tais como esterilização.
O currículo escolar baseado nas necessidades ou nos níveis de habilidades acadêmicas do aluno era usado rotineiramente para relegar as crianças pobres e em condições de desvantagens a ambientes inferiores, não-acadêmicos. Eram feitas exceções à educação obrigatória, que afetava principalmente as crianças dos grupos socioeconômicos inferiores. As classes especiais na extremidade inferior da esteira tornavam-se uma das características básicas das escolas públicas. Não se considerava que como afirma Kilpatrick:” A educação esta na vida e para a vida.”
Os professores das turmas de educação regular consideravam os professores que trabalhavam nas turmas de educação especial como detentores de uma preparação especial e de uma habilidade especial para o trabalho, eram uma raça à parte, e era visto como inadequado esperar que os professores que não tivessem esse preparo e inclinação participassem da educação de alunos em cadeiras de rodas e alunos com dificuldades de aprendizagem. Esse tipo de raciocínio defensivo e de rejeição levou a criação do que poderia ser chamado de “pequenos prédios escolares vermelhos para alunos considerados excepcionais”, dentro de terrenos das escolas regulares. Os alunos com deficiência e os professores não eram parte dela. Enquanto as classes especiais aumentavam em números, as atitudes entre os professores regulares e os especializados asseguravam modelos administrativos desenvolvidos para a educação especial asseguravam que a educação regular e especial se desenvolvessem mais como linhas paralelas do que convergente.


4.2 IMPACTO NO MOVIMENTO DOS DIREITOS CIVIS

Em 1954, a Brow v. Board of Education, na qual foi determinado que o aluno segregado não é igual aos demais alunos, proporcionou um poderoso rechaço das opções segregacionais para a educação dos alunos pertencentes às minorias. A parte o desafio das políticas educacionais excludentes para os afro americanos, esta regulamentação também liderou o caminho rumo a uma avaliação mais minuciosa da segregação de alunos com deficiência.
A seqüela natural da ação de Brown contra of Education 1954 para os alunos com deficiência prosseguiu na década de 1970.As decisões dos tribunais na Pensilvânia e no distrito de Columbia estabeleceram o direito de todas as crianças rotuladas como mentalmente retardadas a uma educação gratuita e adequada.
No final da década de 1970 e no inicío da década de1980, muitos alunos com deficiência começaram a ser integradas em classes regulares, pelo menos por meio turno. Até mesmo muitos alunos com deficiências importantes, que não haviam sido atendidos no passado, começaram a receber serviços educacionais nas escolas regulares de seus bairros.
Percorrendo um pouco da história, fica claro que desde os mais remotos tempos, evidenciam-se teorias e práticas sociais segregadoras, inclusive quanto o acesso ao  saber. Poucos podiam participar dos espaços sociais nos quais se transmitiam e se criavam conhecimentos. A pedagogia da exclusão tem origens remotas, condizentes como estão sendo construídas as condições de existência da humanidade em determinado momento histórico.
Após tanta luta emendas garantiram o direito de indivíduos com deficiência no emprego e nas instituições educacionais que recebem recursos federais. Uma pressão adicional dos pais, dos tribunais e dos legisladores resultou no Ato da Educação para todas Crianças Portadoras de Deficiências, que foi promulgado em 1978.
Mas ou menos nessa época, várias pessoas, mais especialmente Norris haring , Lou Brow, Wayne Sailor, Doug Guess e willian e Diane Bricker, começaram a defender a educação de alunos com deficiência importante nas escolas de bairro.
Em 1979, a associação para pessoas com deficiência graves, e,alguns anos mais tarde, a sociedade para crianças e adultos autistas adotaram resoluções similares, reivindicando o termino dos locais segregados. Entretanto, só em meados da década de 1980 os atuais sistemas de educação regular e especial foram diretamente desafiados.
Um longo período foi percorrido entre a exclusão e a inclusão escolar e social. Até recentemente, a teoria e a prática dominantes relativas ao atendimento as necessidades educativas especiais de crianças, jovens e adultos, definiam a organização de escolas e de classes especiais, separando essa população dos demais alunos. Nem sempre, mas em muitos casos, a escola especial desenvolvia-se em regime residencial e, consequentemente, a criança, o adolescente e o jovem eram afastados da família e da sociedade. Esse procedimento conduzia invariavelmente, a um aprofundamento maior no passado.
Essa tendência, que já foi senso comum no passado, reforçava não só a segregação de indivíduos, mas também os preconceitos sobre as pessoas que fugiam do padrão de “normalidade”, agravando-se pela irresponsabilidade dos sistemas de ensino para com essa parcela da população, assim como pelas omissões e/ou insuficiência de informações acerca desse alunado nos cursos de formação de professores. Na tentativa de eliminar os preconceitos e de integrar os alunos portadores de deficiência nas escolas comuns do ensino regular, surgiu o movimento de integração escolar.
Esse movimento caracterizou-se, de inicío das classes especiais, na “preparação” do aluno para a “integração total” na classe comum. Ocorria, com frequência, o encaminhamento indevido de alunos para as classes especiais e, consequentemente, a rotulação a quem eram submetidos.
O aluno deveria se adequar a escola, que se mantinha inalterada. A integração total na classe comum só era permitida para aqueles alunos que conseguissem acompanhar o currículo ali desenvolvido. Tal processo, no entanto, impedia que a maioria das crianças,jovens e adultos com necessidades especiais alcançassem os níveis mais elevados de ensino. Eles engrossavam, dessa  forma, a lista dos excluídos do sistema educacional.
Na era atual, batizada como a era dos direitos, pensa-se diferentemente acerca das crianças das necessidades educacionais de alunos. A ruptura com a ideologia da exclusão proporcionou a implantação da política de inclusão, que vem sendo debatida e exercida em vários países, entre eles o Brasil. Hoje, a legislação brasileira posiciona-se pelo atendimento dos alunos com necessidades educacionais especiais preferencialmente em classes comuns das escolas, em todos os níveis, etapas e modalidades de educação e ensino.
A educação tem hoje, portanto, um grande desafio: garantir o acesso aos conteúdos básicos que a escolarização deve proporcionar a todos os indivíduos os indivíduo-inclusive aqueles com necessidades especiais, particularmente alunos que apresentam altas habilidades, precocidade, superdotação, condutas típicas de síndromes/quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos; portadores de deficiências, ou seja, alunos que apresentam significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores genéticos, inatos ou ambientais, de caráter temporário ou permanente e que, em interação dinâmica com fatores socioambientais, resultam em necessidades muito diferenciadas da maneira das pessoas.
Ao longo dessa trajetória,verificou-se a necessidade de se reestruturar os sistemas de ensino, eu devem organizar-se para dar respostas às necessidades educacionais de todos os alunos. O caminho foi longo, mas aos poucos está surgindo uma nova mentalidade, cujos resultados deverão ser alcançados pelo esforço de todos, no reconhecimento dos direitos dos cidadãos. O principal direito refere-se à preservação da dignidade e a busca da identidade como cidadãos. Esse direito pode ser alcançado por meio da implementação da política nacional especial. Existe uma dívida a ser resgatada.
A intenção desse resgate traz a memória as palavras de Anísio Teixeira:” Educação é vida, e viver é desenvolver-se, é crescer. Vida e crescimento não estão subordinados a nenhuma outra finalidade.”


 4.3 A FAMÍLIA E A INCLUSÃO

Os pais são os principais associados no tocante às necessidades educativas especiais de seus filhos, e a eles deveria competir, na medida do punível, a escolha do tipo de educação que desejam seja dada a seus filhos.
Deverão ser estreitadas as relações de cooperação e apoio entre administradores das escolas, professores e pais, fazendo com que estes últimos participem na tomada de decisões, em atividades educativas no lar e na escola (onde poderiam assistir a demonstrações técnicas eficazes e receber instruções sobre como organizar atividades extra-escolares) e na supervisão e no apoio da aprendizagem de seus filhos.
Assim é que as famílias de portadores de deficiências, por meio de suas principais organizações representativas, têm sido estimuladas a passar por um processo de transformação de suas práticas e filosofias de atuação, de um sentido assistencial a um sentido cada vez mais inclusivo. Essa necessidade de revisão com vista à transformação tem, por vezes, gerado um certo receio por parte de algumas organizações. Tais receios podem ser relativos a vários aspectos: à perda de territórios de atuação, á perda de direitos obtidos a custa de tanta luta, à perda,por vezes, de certas facilidades ou proteções sociais obtidas em nome da e para a deficiência de seus filhos, à insegurança causada pela percepção de que há necessidade de adquirir mais conhecimentos para que se aprimore o oferecimento de seus serviços num sentido inclusivo entre muitos outros.
De certa maneira, vários destes receios são compreensíveis e outros são até mesmo justificáveis. Mas todos são, também, desnecessários, isto se levarmos seriamente em conta a noção de parceria com as famílias e comunidade, conforme explica a Declaração de Salamanca e outros documentos relativos ao movimento daí inclusão. É que na proposta inclusiva há espaço para todos os serviços e organizações existirem, uma vez que papéis incluem responsabilidade no que se refere à formação de cidadãos participativos, cidadão estes que seus filhos também podem ser, na maioria dos casos. Como tal, as famílias e suas associações passariam a ter uma prática ainda mais abrangente e importante no que se refere à inclusão de seus filhos e familiares deficientes.
Em outras palavras, e a título de exemplo, centros de assistência social e educacional funcionando paralela e alternativamente às provisões oferecidas pelos sistemas públicos passariam a funcionar como centros de prevenção e referência técnica, de forma complementar e pioneira,no desempenho de várias responsabilidades, entre as quais podemos destacar o preparo técnico e o apoio a outros profissionais e interessados no processo de inclusão, bem como o preparo institucional de escolas e outras instituições cuja participação no processo de inclusão seja imprescindível e garantido por lei.
De todo o exposto, uma coisa sempre foi, é e sempre será verdadeira a participação da família é de suma importância no movimento da inclusão. Seja de forma individualizada ou histórica da luta por sociedades mais justas para seus filhos seja garantida. É imprescindível que elas, as famílias, busquem conhecer para participar, dando o exemplo de cidadania (como, aliás, cabe a qualquer família), e servir, assim como mais um veículo por meio do qual filhos possam aprender para ser. Assim como afirma Kilpatrick:” O objetivo da educação é continuar a enriquecer o processo da vida por pensamentos e ações melhores.”


4- METODOLOGIA

A intenção deste trabalho é esclarecer, o que vem a ser Educação Especial, quais são os critérios para se designar tal educação, bem como os rótulos sofridos e discriminações das pessoas que encaixam nessa classificação. É bem sabido quanto preconceito os alunos especiais tem sofrido até os dias de hoje. A educaão especial engloba alunos que sofram de determinado distúrbio, podendo ser de ordem física, psicológica, emocional, ou seja, alunos que necessitem de atenção especial em sua vida pessoal e escolar.
Durante muito tempo as pessoas portadoras de necessidades especiais, eram dadas como louca e incapazes, suas vidas nada tinham de alegre ou mesmo produtiva, em muitos casos eram trancadas em casa por muitos pensarem que estavam possuídas por demônios. Por vexes seus próprios familiares deles se envergonhavam, mantendo-os escondidos da sociedade, pois não havia tolerância e nem compreensão com os considerados diferentes, “anormais”.
Surge a necessidade da inclusão, uma forma de introduzir estas pessoas no ambiente educacional, porém como fazer? Relata-se o inicío da inclusão e a grande dificuldade de sua adaptação, como pessoas conscientes e comprometidas lutaram pela sua implementação e adequação, na verdade uma luta q ue continua até os dias atuais. Mesmo diante desse fator tão importante que é a inclusão, os alunos continuaram sendo tratados como diferentes, pois estavam na dependência da escola regular, porém separados em um prédio a parte. Seus professores eram considerados especialistas, pois somente alguém especial poderia saber como lidar com essas crianças que além de serem consideradas anormais, também podiam se criminosas, pois assim dixia a diferença.Outro fator importante explícito neste trabalho são os alunos que tem direito a esse ensino inclusivo, não deixando de ressaltar os benefícios da inclusão para alunos, professores, familiares e sociedade em geral.
São utilizados trechos de Declaração de Salamanca, onde são retratados os direitos a educaão de todos quantos dela necessitarem, assim como da Constituição Federal, atuando ma mesma linha de pensamento.
Outro fato marcante é a Lei de Diretrizes e Bases a Educação que trouxe novos pareceres e diretrizes educacionais em favor de uma educação eficiente e igualitária.
A família também é retratada neste estudo, pois sua participação é de sobremaneira importante na inclusão do aluno com deficiência, a parceria que deve haver em todos os sentidos, em prol do sucesso desse processo inclusivo.
Tanto a família, quanto a escola são fundamentais para o processo inclusivo, cabe a cada um adaptar-se para melhor atender ao aluno com necessidades educativas especiais.
Em sala de aula o professor como também citado deve procurar adequar-se a nova situação, buscando proporcionar ao aluno da inclusão, um ambiente agradável a favorável ao aprendizado.
Como deixam claro as palavras de Fonseca:” Não se colocam problemas de  classificação visto esta em jogo a otimização do potencial de aprendizagem da criança. É preciso estudar o desenvolvimento  familiar e o escolar, introduzindo as necessárias modificações antes de ver o problema só nas crianças.”
                                                                   

4.1Apresentação dos Dados

Como se pode perceber este trabalho de pesquisa realizou-se em função da Educação Especial, considerando as dificuldades enfrentadas por pessoas que fazem parte desse grupo. Bem como a inclusão e sua necessariedade como os desafios para que se chegasse a tal. Foi dado ênfase ao preconceito e rótulos que por anos rondaram portadores de necessidades educativas especiais, não que tenha-se vencido essa barreira, ainda hoje em nossos dias vivemos os mais variados preconceitos em relação a inclusão e quem dela faz parte.
 Realizou-se um trabalho de campo em instituições de ensino onde haviam alunos da Educação Especial, inseridos no processo de inclusão, foi possível dialogar com alguns desses alunos e professores também envolvidos na inclusão.
A observação se deu em instituições de Educação Infantil e Fundamental, durante a realização do Curso de Pedagogia, através de estágios e atividades realizadas nas mesmas.
Foram pesquisados textos variados, entre eles a Declaração de Salamanca, trechos da Constituição Federal, bem como da LDB., além de citações de autores variados.
Opiniões sobre o assunto em questão de vários autores foram observadas, buscando uma forma de melhor entender o porquê da Educação Especial, tantos preconceitos e a importância da educação inclusiva e suas características principais.
De posse de um texto contendo uma história sobre um garoto que tinha uma vida aparentemente normal, porém começou a sofrer de problemas de ordem mental, foi pedido a professora que lesse o texto e após escrevesse sua opinião sobre e relação família x escola tendo com foco o portador de necessidades educativas especiais, foi pedido também a um aluno de 10 anos,  pertencente a inclusão que respondesse da forma como pudesse algumas perguntas.
Para o aluno foram formuladas cinco perguntas.
A professoras é regente de sala de uma escola de ensino fundamental, onde há um aluno um certo tipo de deficiência.
O aluno foi auxiliado pela professora, pois sentiu um pouco de dificuldade para responder. A primeira pergunta dirigida ao aluno foi: Do que você gosta de fazer quando não esta na escola ? Ele respondeu:
“Gosto de brincar com meu irmão.
A segunda pergunta referia-se a escola, se sentia-se feliz por esta estudando.
“ Gosto da tia, ela brinca comigo, gosto de estudar.Foi sua pronta resposta.
Em relação a terceira pergunta relacionada a sua família, como ele era tratado, respondeu:
“ Mamãe fica brava quando faço bagunça, mamãe é boa.
A quarta pergunta relacionava-se a instituição de ensino, sobre o que mais gostava na escola, com um sorriso respondeu:
“Gosto da aula de educação física.
Para finalizar foi perguntado como se sentia tendo que ir  todos os dias para a escola? Respondeu de forma espontânea:
“ Me sinto bem, todo mundo é meu amigo.
A professora achou o texto interessante e disse ser a favor dessa parceria, pois a família possui um imoportante papel na vida do aluno, tanto quanto a escola, portanto as duas devem trabalhar juntas em favor do educando.
Neste trabalho também esta contido trechos da Declaração de Salamanca, bem como a letra de uma música retratando a importância do professor na inclusão do aluno com deficiência.  


4.2 Análise e Discussão dos Dados

Como esperado esta Pesquisa Científica, foi um trabalho que contou com pesquisas de campo, através de pesquisa em livros, entrevistas, trechos de declarações e citações, bem como letra de música referente ao assunto abordado. análises de situações vivenciadas em sala de aula foram realizadas no intuito de enriquecer o trabalho, comportamentos foram observados assim como atitudes e procedimentos por parte do professor, aluno, familiares e demais envolvidos na área educacional.
Em primeiro lugar foram abordadas as pesquisas em livros e citações, em seguida o significado de educação especial, bem como de inclusa, com suas necessidades, vantagens e lutas diárias.
Também foi realizada pesquisa envolvendo trechos da Declaração de Salamanca, bem como da Constituição Federal.
 Após é abordado o texto entregue a uma professora do ensino fundamental, devendo a mesma dar sua opinião sobre o mesmo. Fato que a professora aceitou prontamente. O texto relata a historia de um  menino que aparentemente tinha uma vida normal, até o momento em que se vê acometido por problemas mentais, fica então o questionamento em relação a parceria família s escola, qual a opinião da professora em relação a essa situação, se ela concorda com a parceria, levando em conta o sofrimento da família e do menino. A professora respondeu ser totalmente a favor dessa parceria,assim como considera essencial a presença da família na escola.
Ao aluno da educação especial foram formuladas cinco perguntas, auxiliado pela professora de apoio, ele as respondeu.  Disse gostar de brincar com seu irmão, sente-se feliz por estar estudando, a aula que mais gosta é a de educação física, perguntado se gosta de estudar, respondeu gostar do local onde está, pois todos são seus amigos, um fato interessante é que este aluno segundo sua professora é totalmente inquieto, porém ao saber que seria entrevistado, fez questão de sentar-se ao lado da entrevistadora, a tudo entendia, porém era auxiliado pela professora devido sua deficiência.
Neste trabalho será encontrado além de várias citações, trechos da Declaração de Salamanca, tão importantes para a educação e os direitos educacionais, bem como citações sobre a LDB que trouxe grandes mudanças para a educação, promovendo um novo olhar em relação ao aluno, atividades realizadas, função do professor e demais instituição de ensino.
Para enriquecimento também consta de uma letra de música, demonstrando o quanto o professor é importante na vida de seu aluno. Embora possa não perceber, o aluno esta sempre observando seu professor, não é porque possui limitações que este aluno não tem sentimentos,  
 O tema abordado foi de encontro a realidade das demais educadoras que em seu dia a dia na instituição acabam por deparar-s com alunos em condições especiais, necessitando não somente se conhecimento, mas de apoio e atenção.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como objetivo retratar as dificuldades sofridas pelos portadores de deficiência, seja ela qual for, como são descriminados e até mesmo rejeitados, bem como rotulados em seu dia a dia, da mesma maneira foi também mostrado o valor e a necessidade da inclusão, tão falada em nossos dias, mas que precisa ser posta em prática com mais afinco.
A política de inclusão de alunos que apresentam necessidades educativas especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses alunos junto aos demais educandos, mas representa a ousadas de rever concepções e paradigmas, bem como desenvolver o potencia dessas pessoas, respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades.
O respeito e a valorização da diversidade dos alunos exigem que a escola defina sua responsabilidade no estabelecimento de ensino, sob suas relações que possibilitam a criação de espaços inclusivos, bem como procure superar a produção, pela própria escola, de necessidades especiais.
A partir de década de noventa as discussões referentes  a educação de pessoas com necessidades educativas especiais, começaram a adquirir alguma consistência, a educação de portadores de alguma deficiência deve-sedar na rede regular de ensino de preferência. Essa ação torna possível a essas pessoas, integrar-se com mais facilidade na sociedade. A conferência deSalamanca em 1994, promoveu a Educação para todos, visando situações necessárias para a educação integradora,tão necessária para que os portadores de NEE (necessidades educativas especiais) se sintam participantes ativos de uma sociedade, sem se verem taxados por rótulos ou estigmas como eram no passado, onde eram discriminados como loucos ou possessos.
É perfeitamente possível essa integração levando-se em conta também o aprimoramento de profissionais e das instituições de ensino que irão recebe-los. Quando existem programas adequados, a inclusão funciona acarretando ganhos nas habilidades acadêmicas e sociais e de preparação para a vida na comunidade.
Quanto mais tempo o aluno passar em ambientes inclusivos, melhor é o seu desempenho nos âmbitos educacionais, social e ocupacional. Eles se sentem desafiados diante de outras pessoas em seu ambiente e não querendo ficar para trás, querem fazer tudo o que os outros fazem, colaborando dessa forma para seu desenvolvimento.
Os alunos com deficiência devem ser conscientizados de que todos temos direitos iguais, as diferenças devem ser aceitas e respeitadas. O ensino inclusivo é um direito básico, não é algo que deva era conquistado por alguém.
Como bem Vigotsky afirma:“O aprendizado está relacionado ao desenvolvimento, este tem seu percurso que deve ser respeitado e motivado, é o aprendizado que possibilita o despertar do desenvolvimento que ocorre quando há contato do indivíduo com o ambiente cultural.”
Um novo paradigma está nascendo um paradigma que considera a diferença como algo inerente na relação entre os seres humanos. Cada vez mais a diversidade está sendo vista como algo natural.
Faz-se, portanto necessário um olhar abrangente em torno dessas pessoas que só tem a enriquecer nossa sociedade e nossas vidas, olhando-os como um todo e não com limitações.
A filosofia e segregação do passado e as práticas segregacionais tiveram efeitos prejudiciais as pessoas com deficiência, as escolas e a sociedade em feral. A idéia de que poderiam ser ajudadas em ambientes segregados, alijados do resto da sociedade, fortaleceu os estigmas sociais e a rejeição. Para as escolas regulares, a rejeição das crianças com deficiência contribuiu para aumentar a rigidez e a homogeneização do ensino, para ajustar-se ao mito de que, uma vez que as classes tivessem apenas alunos normais, a instituição não necessitaria de outras modificações ou adaptações. A rejeição de alunos com deficiência no ensino regular, reforçou a mentalidade de “nós contra eles”, o que contribuiu para disseminar a incapacidade de apreciar a diversidade social e cultural e valorizar as coisas significativas que nos unem. Superar a exclusão educacional significa destruir o “último bastão da segregação.”
 Muitas vezes diante da necessidade de seus filhos, por falta de entendimento e compreensão, familiares por vezes não aceitam, ignorarem, mascaram o problema, recusando-se a pedir ajuda, como  educadores por desconhecerem suas causas, ou efeitos acabam por culpar-se, considerando-se incapaz ou mesmo rejeitando ao aluno.
O professor deve considerar-se parceiro de seu aluno, bem como de sua família, não é possível pensar educação deforma isolada, trabalha-se em conjunto para um conjunto de pessoas, um esta interligado ao outro e ambos ligados ao processo de ensino aprendizagem, podendo o mesmo ser lento em sua realização, mas eficiente em seus feitos e conquistas, abrangendo a todos de maneira igualitária e justa.

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KILPATRICK, Willian Heard. Educação para uma Civilização em Mudanças. São Paulo, Melhoramentos. 1977 p.89-90.
TEIXEIRA, Anísio. Vida e Educação. São Paulo. Melhoramentos. 1978  p.31.
FONSECA, V. Introdução às Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre. Artes Médicas. 1995.
VIGOTSKY, L.SLURIA, A.RLEONTIEV, A.N. Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem. São Paulo; Martins Fontes, 2001.


 ANEXO 1

TRECHOS DA DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

*”Para proceder às mudanças fundamentais na política exigidas pela abordagem de educação inclusiva, é necessário capacitar escolas comuns para atender todos alunos, em particular aqueles que são portadores de necessidades educativas especiais.”
*”O princípio da inclusão consiste no reconhecimento da necessidade de se caminhar rumo a escola para todos, um lugar que inclua todos os alunos celebre a diferença, apóie a aprendizagem e responda as necessidades individuais.”
*”Cremos e proclamamos que as escolas comuns com esta orientação inclusiva são o meio eficaz de combater atitudes discriminatórias, criando comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e conseguindo educação para todos; além do mais, elas oferecem uma educação eficaz para a maioria das crianças e melhora a eficiência em última análise o custo benefício de todo sistema escolar.”
*Todos os governos devem “adotar em suas leis e políticas o precipício da educação inclusiva, matriculando todas as crianças nas escolas comuns, a menos que haja razões de força maior para não faze-lo, desenvolver projetos de demonstração e estimular intercâmbios com países que tenham experiências com escolas inclusivas, investir maior esforço em estratégias de identificação e intervenção precoces, bem como em profissionais da educação inclusiva.”
*”Há um emergente consenso de que crianças e jovens com necessidades educacionais especiais devem ser incluídas nos planos educativos feitos para a maioria das crianças. Isto levou ao conceito de escola inclusiva. O desafio para uma escola inclusiva é o de desenvolver uma pedagogia centrada no aluno, uma pedagogia capaz de educar com sucesso todos os alunos, incluindo aqueles com deficiências e desvantagens graves.”
*”A experiência em muitos países demonstra que a interação das crianças jovens com necessidades educativas especiais é melhor atingida dentro de escolas inclusivas que atendem todos as crianças na comunidade. Enquanto a escolas inclusivas oferecem ambientes favoráveis para se conseguir oportunidade iguais e participação plena, seu sucesso, exige um esforço conjunto, não somente de professores e funcionários da escola, como também de alunos, pais, famílias e voluntários.”
*”O princípio fundamental da escola inclusiva consiste em que todas as pessoas devem aprender juntos, onde quer que isto seja possível, não importam quais dificuldades ou diferenças elas possam ter. Escolas inclusivas precisam reconhecer às necessidades diversificadas de seus alunos acomodando os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando educação de qualidade para todos, mediante currículos apropriados, mudanças organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e parcerias com suas comunidades.”
*”A experiência, além do mais sugere que as escolas inclusivas, servido todas as crianças em uma comunidade, tem mais sucesso na obtenção de apoio de comunidades e em encontrar meios criativos e inovadores para usar os limitados recursos que estiverem disponíveis.”
*”A preparação adequada de todo pessoal da educação constitui um favor chave na promoção do progresso em direção as escolas inclusivas.”
*”A provisão de serviços de apoio é de importância primordial para o sucesso das políticas educacionais inclusivas.”
*”O sucesso da escola, inclusiva depende, consideravelmente, de identificação, avaliação e estimulação precoce das crianças bem pequenas, portadoras de necessidades educativas especiais.


ANEXO 2

SINOPSE PARA INTERPRETAÇÃO DO PROFESSOR

SINOPSE

Um garoto levava uma vida normal, até que quando tinha seis anos, estranhas coisas aconteceram, pois ele passou a ter diversos problemas de ordem mental que foram diagnosticados como ALD. Uma doença extremamente rara que provoca incurável degeneração no cérebro, levando o paciente à morte no máximo dois anos. Os pais do menino ficam frustrados com o fracasso dos médicos e a falta de medicamento para a doença. Assim, começam a estudar e a pesquisar sozinhos, na esperança de descobrir algo que possa deter o avanço da doença.

1- Comente a relação família x escola tendo como foco o portador de necessidades educativas especiais.

Professor

Tanto a família, quanto a escola desempenham um papel fundamental na inclusão, sendo necessário que atuem em parceria, visando sempre o bem estar do portador de NEE e tendo-a como foco de sua atenção e objetivo. O papel da família tem sido cada vez mais ressaltado no processo de integração social, escolar, do portador de necessidades educativas especial  Torna-se necessário estar acontecendo a valorização desta parceria entre família e escola,. Ainda encontra-se situações em que a escola por vezes convida a família para discutir a respeito da vida escolar de seus filhos, porém sem sucesso muitas vezes, ,pois  poucos pais comparecem a nessas reuniões.
Concordo que a família deva estar a par dos acontecimentos envolvendo sua filhos, auxiliando a instituição de ensino a melhor maneira de atuar com esses alunos. Deve haver uma troca de experiências, de cuidados e métodos, agindo ambos dessa maneira, família e escola, o aluno se sentirá protegido e seguro, para dar continuidade a sua vida acadêmica.

ANEXO 3

ENTREVISTA COM ALUNO ESPECIAL

1) O que você gosta de fazer quando não esta estudando?
2) Você se sente feliz por estar na escola?
3) Como sua família se relaciona com você?
4) O que você mais gosta de fazer na escola?
5) Como se sente tendo que vir a escola todos os dias?


ANEXO 4


MÚSICA


AO MESTRE COM CARINHO

                                            Composição: Abelhudos

Quero aprender sua lição que faz tão bem pra mim
Agradecer de coração por você ser assim
Legal ter você aqui
Um amigo em que posso acreditar
Queria tanto te abraçar

Pra alcançar as estrelas não ser fácil,
mas se eu te pedir
você me ajuda como descobrir
qual é o melhor caminho

Foi com você que eu aprendi a repartir tesouros
Foi com você que eu aprendi a respeitar os outros
Legal ter você aqui
um amigo em que eu posso acreditar
Queria tanto te abraçar

Pra mostrar pra você que não esqueço mais esta lição
Amigo, eu ofereço esta canção
Ao mestre com carinho

Foi com você que eu aprendi a repartir tesouros
Foi com você que eu aprendi a respeitar os outros
Legal ter você aqui
um amigo em que eu posso acreditar
Queria tanto te abraçar

Pra mostrar pra você que não esqueço mais esta lição
Amigo, eu ofereço esta canção
Ao mestre com carinho



















                             



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